«estreiam» novo terreno
Esta Festa vai ser maior...<br>e ainda melhor
Algarve, Braga, Coimbra e Porto são as organizações regionais do Partido a quem caberá, na 40.ª Festa do Avante!, a honra e a responsabilidade de «inaugurar» o novo terreno da Quinta do Cabo.
A Festa precisa, para o seu êxito, de ainda mais militância
«Desafio», «responsabilidade acrescida», «entusiasmo»: estas foram algumas das expressões utilizadas pelos membros das organizações regionais do Algarve, Braga, Coimbra e Porto, que falaram ao Avante! sobre a nova localização dos seus espaços na Festa, no coração da Quinta do Cabo. Para além de a nova entrada se passar a fazer pelo novo terreno, ali vão estar também o Espaço Central, o Avanteatro e o Palco Arraial.
Alfredo Campos, da Organização Regional de Coimbra, hesita ao falar de «desafio» ou das «inquietações» que tal localização eventualmente traria, pois o que a história do Partido – e da própria Festa – mostra é precisamente a sua enorme capacidade para enfrentar todas as situações, por mais difíceis que se apresentem. Mas nem é esse o caso, garante, pois a «curiosidade que a nova área naturalmente despertará será certamente uma vantagem» para as organizações aí instaladas. Também Sílvio Sousa, de Braga, acredita que a expectativa criada há dois anos com o anúncio da aquisição da Quinta do Cabo poderá ter efeitos positivos na visita e permanência dos visitantes ao novo espaço da Festa do Avante!.
Filipe Parra também não receia que a ida para a Quinta do Cabo tenha reflexos negativos na afirmação do espaço da Organização Regional do Algarve, pois se por um lado ele deixa de estar situado em frente ao Palco 25 de Abril, como aconteceu nos últimos anos, por outro lado passa para outro local privilegiado, junto à entrada da Festa: «passamos a ser a primeira organização com que o visitante se depara assim que entra no recinto pela nova porta da Quinta do Cabo e a proximidade do Espaço Central é sem dúvida um elemento a valorizar.»
Já Belmiro Magalhães, do Porto, considera que a coincidência dos 40 anos da Festa com a utilização plena, pela primeira vez, do novo terreno, será «algo marcante para o colectivo partidário», com esperadas implicações positivas na passagem e permanência dos visitantes naquele espaço.
O futuro constrói-se
A quatro meses da abertura da Festa, com as obras a decorrerem no terreno, são muitas as interrogações que persistem. Belmiro Magalhães adianta as questões relacionadas com o projecto: «em tantos anos de Atalaia, o espaço do Porto passou por quase todos os locais, o que simplificava a tarefa dos camaradas que o concebiam. Este ano tudo será diferente.» Também Filipe Parra assume que o facto de o terreno ser ainda desconhecido para a maioria torna «difícil visualizar numa planta o enquadramento» do espaço da Organização Regional do Algarve. Alfredo Campos, por seu lado, alerta para os cuidados a ter na construção das estruturas, pois o terreno foi muito remexido e deverá estar ainda pouco compactado. O que preocupa Sílvio Sousa é sobretudo o impacto que podem ter nos visitantes as «rotinas» de circulação por mais de década e meia de Festa na Atalaia.
Apesar das interrogações, todos confiam que a 40.ª edição da Festa do Avante!, alargada pela primeira vez à Quinta do Cabo, será um grande êxito, tanto para estas quatro organizações como para o Partido no seu todo. Esta confiança, longe de ser cega, reside no reconhecimento da capacidade do colectivo partidário em definir objectivos e organizadamente levá-los à prática.
É precisamente isto que diz Sílvio Sousa quando garante que o desafio que está colocado aos comunistas de Braga pode ser grande, mas «a fasquia que colocamos a nós próprios também o é». No Porto, adianta Belmiro Magalhães, há já colectivos a trabalhar no projecto e na decoração, ao mesmo tempo que há a perspectiva de reforço da «construção militante e da militância na Festa».
Baseando-se na discussão travada na recente reunião de quadros da Organização Regional do Algarve sobre a Festa, Filipe Parra adianta que há a percepção de que é possível uma Festa do Avante! maior e melhor, mas que para tal é necessário mobilizar mais militantes e simpatizantes do Partido. Alfredo Campos põe a tónica na organização do trabalho, pois é ela – e não o terreno ou a construção – que determina o funcionamento da Festa e o seu êxito.
Todos destacam a necessidade de encontrar formas que permitam cativar o visitante a permanecer no novo terreno: alargar as zonas de sombra e de lazer e ter cuidados particulares com a decoração e com a disposição dos diferentes espaços dos pavilhões (restaurantes, bares, bancas de artesanato, esplanadas) são algumas das necessidades adiantadas pelos quatro responsáveis, que garantem que essas preocupações estarão plasmadas nos projectos.
A questão central, porém, é garantir uma forte presença de visitantes na Festa, à altura da simbologia da 40.ª edição. A venda antecipada da EP e a organização de excursões são medidas fundamentais a garantir, com o empenho de toda a organização do Partido.